Seguros 26 de maio de 2023
De acordo com o governo, a intenção é reduzir a carga tributária sobre o setor automotivo, a fim de estimular a produção de veículos mais econômicos. Espera-se que o anúncio oficial dessa medida seja feito no Dia da Indústria, nesta quinta-feira (25).
Uma questão importante é o impacto que esse estímulo terá no mercado de seguros. O segmento de seguros vê com bons olhos o ressurgimento dos carros populares. Qualquer ação que promova as vendas no setor automotivo, como crédito com juros mais baixos e veículos mais acessíveis, contribuirá para a economia como um todo e, consequentemente, impulsionará as vendas de seguros.
Ainda não há detalhes precisos sobre o que será apresentado pelo governo, mas espera-se que a redução da carga tributária seja aplicada a veículos com valor abaixo de R$ 100 mil. Interlocutores do governo indicam que a faixa de preço pode começar em R$ 55 mil, considerando que o modelo mais barato atualmente não sai por menos de R$ 69 mil. A expectativa é que esse estímulo à indústria automotiva impulsione outros setores da economia, incluindo o mercado de seguros de automóveis.
Segundo dados da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), o seguro de automóveis arrecadou R$ 51,05 bilhões em 2022, um aumento de 32,8% em relação ao ano anterior. No decorrer do ano passado, foram pagos R$ 30,7 bilhões em indenizações, um aumento de 34% em comparação com o ano anterior.
No primeiro trimestre deste ano, foram arrecadados R$ 13,2 bilhões, representando um crescimento de 25% em relação aos primeiros três meses de 2022. As indenizações pagas no mesmo período totalizaram R$ 7,9 bilhões, um aumento de 10,3%.
De acordo com dados de abril da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram emplacados 118.127 automóveis, uma queda de 19,18% em relação a março, que totalizou 146.165 unidades.
É importante destacar que a redução na produção está relacionada a diversos fatores. A instabilidade na cadeia de suprimentos global e a escassez de componentes semicondutores, por exemplo, impactaram os preços dos veículos novos. Como resultado, os veículos usados passaram a ser mais procurados e, consequentemente, também ficaram mais caros.
E COMO ISSO AJUDA COM OS SEGUROS?
O relançamento do carro popular pode impulsionar a demanda por seguros, uma vez que mais consumidores terão acesso a veículos novos com preços mais acessíveis, o que deve aumentar a procura por proteção. Além disso, é importante ressaltar que o valor do veículo na tabela FIPE é considerado ao calcular o custo do seguro, tornando os preços mais atrativos. É fundamental lembrar que outros fatores, como uso, região e perfil do condutor, são levados em conta na determinação do prêmio do seguro.
No entanto, é questionável o impacto dessas possíveis medidas no mercado de seguros automotivos. É provável que haja um aumento na demanda por proteção veicular se as medidas realmente tornarem os carros mais acessíveis para a população. No entanto, não é possível afirmar com certeza se haverá uma redução nos preços dos seguros.
A diminuição no crescimento da frota nacional, devido à queda ocasionada pela pandemia e às taxas de juros, afetou diretamente o mercado de seguros. Por isso, surgem iniciativas que visam reduzir os preços dos veículos, especialmente os de entrada, que aumentaram significativamente nos últimos anos. Nesse sentido, caso essas iniciativas sejam bem-sucedidas, é possível que haja uma maior demanda no mercado de seguros.
Se essas iniciativas forem efetivas, isso poderá beneficiar o mercado de seguros, pois provavelmente resultará na entrada de novos veículos no mercado, com preços um pouco mais acessíveis para a população, o que, por sua vez, aumentará a frota segurável.
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