Em uma nova medida publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (12), Servidores Federias, bem como trabalhadores de empresas contratadas para a prestação de serviços no âmbito do governo federal, receberam o direito de se ausentar do trabalho para a realização de exames preventivos de câncer. De acordo com o Decreto 12.246, essa ausência poderá ser de até três dias ao ano e não implicará qualquer desconto em suas remunerações, desde que devidamente comprovada a realização dos exames. O objetivo é incentivar o cuidado com a saúde dos servidores e funcionários envolvidos em atividades do governo federal.
Esse benefício alcança todos os que atuam diretamente na administração pública federal, incluindo os órgãos subordinados ao governo, como autarquias e fundações. Dessa forma, a medida abrange não apenas os servidores públicos concursados e ocupantes de cargos comissionados, mas também trabalhadores de empresas terceirizadas que prestam serviços no âmbito do governo. É uma iniciativa que busca estender o direito ao cuidado preventivo da saúde a todos os colaboradores que, de alguma forma, estão envolvidos com o funcionamento da máquina pública federal.
Uma característica importante deste decreto é que ele permite a ausência sem que o funcionário precise realizar a compensação das horas não trabalhadas. Isso quer dizer que, ao usufruir desses três dias anuais para exames preventivos, o trabalhador não precisará repor as horas em outro momento. Essa regra também não compromete o limite anual de dispensas e ausências já estabelecido pelo Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec), que regula os procedimentos e normas para o quadro de pessoal civil do governo.
Além de liberar o tempo necessário para os exames preventivos, a administração pública federal assumirá uma postura ativa na promoção de campanhas e ações de incentivo à saúde preventiva. Para tanto, será implementado um trabalho conjunto entre a administração federal e as empresas terceirizadas que contratam mão de obra para o governo. Esse esforço visa conscientizar os trabalhadores sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer e facilitar o acesso aos serviços de saúde, seja por meio de informações, orientação ou campanhas de incentivo.
A decisão é uma demonstração de que o governo reconhece a importância da saúde dos seus colaboradores e entende que o combate e a prevenção ao câncer são fundamentais para garantir bem-estar e qualidade de vida. A medida vem assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e conta com o apoio da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do advogado-geral da União, Jorge Messias. Esses nomes refletem a união entre diferentes setores do governo em prol de uma política pública que valoriza a saúde dos trabalhadores.
Essa norma é mais um passo no sentido de humanizar as políticas de gestão de pessoal da administração federal, especialmente no que se refere à saúde e qualidade de vida dos colaboradores. Reconhecendo que o diagnóstico precoce é essencial no combate ao câncer, o governo federal demonstra seu compromisso com a prevenção, um cuidado que pode reduzir consideravelmente os índices de mortalidade relacionados à doença. Ações como essa reforçam a importância de políticas públicas que olham para a saúde preventiva como uma forma de garantir tanto a produtividade quanto o bem-estar dos trabalhadores.
A medida também responde à crescente necessidade de políticas de saúde pública que incentivem a realização de exames regulares. No ambiente de trabalho, o estímulo a práticas preventivas contribui para um ambiente mais saudável e para a diminuição de ausências relacionadas a doenças que poderiam ser evitadas ou tratadas com antecedência. Dessa forma, a iniciativa tem potencial para beneficiar não só os servidores, mas também para gerar economia aos cofres públicos a longo prazo, já que a prevenção é mais econômica e menos onerosa ao sistema de saúde do que tratamentos de estágios avançados da doença.
Esse decreto representa uma mudança significativa na cultura da administração pública, que passa a reconhecer oficialmente a necessidade de se criar condições favoráveis para que os servidores e trabalhadores terceirizados cuidem de sua saúde. Com isso, o governo federal demonstra que uma política pública eficaz não se resume a ações administrativas, mas inclui a garantia de bem-estar para aqueles que colaboram diariamente com a administração pública.
A decisão de permitir essa ausência remunerada para exames preventivos reflete também um avanço no reconhecimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, que historicamente têm enfrentado condições de trabalho mais rígidas, muitas vezes sem acesso a direitos que são garantidos a servidores públicos concursados. Dessa forma, o decreto é um passo importante para promover maior equidade entre servidores diretos e terceirizados, assegurando que ambos possam cuidar de sua saúde sem que isso represente um custo pessoal ou perda de renda.
Outro aspecto positivo é a não exigência de compensação, que permite ao trabalhador dedicar-se integralmente ao cuidado com a saúde nesses dias. Para muitos, exames preventivos podem significar deslocamentos, preparação e até um tempo de recuperação que, agora, poderão ser realizados com tranquilidade. Isso reforça a ideia de que a administração pública está comprometida em oferecer condições dignas para que todos possam acessar serviços de saúde e adotar medidas preventivas.
É importante notar que a assinatura deste decreto por várias figuras de alta relevância no governo indica uma postura colaborativa entre os diferentes ministérios e órgãos responsáveis pela implementação e gestão de políticas públicas de saúde e pessoal. O envolvimento das pastas de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Saúde e Advocacia-Geral da União reforça a seriedade e abrangência da medida, além de indicar um compromisso interministerial para garantir que as diretrizes estabelecidas no decreto sejam cumpridas.
O compromisso firmado entre a administração pública federal e as empresas terceirizadas é também um sinal de que o governo valoriza a saúde de todos os trabalhadores que prestam serviços ao setor público, independentemente de seu vínculo direto ou indireto. Ao promover ações conjuntas de incentivo ao direito à saúde preventiva, a administração pública demonstra que a saúde dos trabalhadores é uma prioridade que transcende o vínculo empregatício e se estende a todos que atuam sob o manto do serviço público.
Este decreto reforça a responsabilidade social do governo em relação à saúde dos seus servidores e colaboradores, e destaca a importância de cuidar da saúde de maneira proativa, reforçando que o diagnóstico precoce salva vidas.