A dez dias do envio do Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) ao Congresso, o governo e os sindicatos estão em fases cruciais das negociações salariais.
Há questões pendentes tanto com carreiras típicas de Estado, como Tesouro e CGU, quanto com outras carreiras públicas, como as de Ciência e Tecnologia, INSS, e agências reguladoras.
Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o governo estabeleceu um prazo até quinta-feira (22/8) para que os servidores da carreira de Ciência e Tecnologia aceitem ou rejeitem a última proposta do Executivo.
O governo também aguarda respostas definitivas dos servidores do INPI, Inep, FNDE, Inmetro, INSS e da Fiocruz.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Gestão e Inovação concluiu um acordo com os servidores do Incra e Dnit.
Entre as carreiras típicas de Estado, além da mobilização de auditores da CGU e servidores do Tesouro Nacional, os diplomatas e outros servidores do Itamaraty estão em estado de greve. O Sinditamaraty finalizará, nesta terça-feira, uma assembleia virtual para decidir sobre a última oferta do governo.
Paralelamente, os servidores das 11 agências reguladoras federais decidirão, em assembleia a partir das 13h30, se encerram a mobilização salarial, após o governo oferecer um reajuste de 27%.
Com os acordos anunciados na segunda-feira, o Executivo já contabiliza 34 ajustes salariais ou reestruturações de carreiras.
Como já informamos, as negociações avançam em meio a uma crescente tensão com as principais entidades de classe, que criticam o modelo de negociação adotado pelo Executivo.
Enquanto isso, o Fonacate e o Fonasefe intensificaram a pressão pela reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente, onde originalmente os acordos salariais deveriam ser fechados, mas que acabaram sendo transferidos para mesas de negociação específicas e temporárias.
Neste contexto, os servidores com salários mais baixos estão atentos às negociações das carreiras com remuneração mais alta e prometem manifestações caso essas carreiras obtenham percentuais de reajuste superiores ao restante do funcionalismo.