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Servidores Federais entram em greve

Ajuste Fiscal 13 de junho de 2024

Sindicatos veêm avanço, mas não querem encerrar greve!

Em uma tentativa de resolver o impasse com os servidores técnicos administrativos da educação (TAEs), o governo federal apresentou uma nova proposta na tarde de terça-feira, dia 12. O projeto prevê um reajuste médio de 29,6% ao longo de quatro anos, além de progressões salariais a partir de 2026.
Embora as categorias considerem a oferta um avanço nas negociações, ainda não atende plenamente às expectativas das entidades, que reivindicam reajuste já em 2024. Portanto, não há perspectivas de encerramento das greves nas universidades federais nesta semana. Ainda é necessário deliberar com os professores e técnicos em assembleias para definir os rumos da mobilização, que já dura mais de dois meses. A greve, iniciada em março pelos técnicos e em abril pelos professores, afeta cerca de 560 unidades de ensino em 26 estados.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a nova proposta inclui um reajuste de 9% concedido a todos os servidores federais no ano passado e uma progressão de 4% a partir de 2026. O reajuste final variará entre 25% e 44%, dependendo da classe e do nível na carreira.

“Além disso, é importante destacar que, assim como todos os servidores públicos federais, os TAEs receberam um reajuste de 118% no auxílio-alimentação, que passou para R$ 1 mil, e de 51% no auxílio-saúde e auxílio-creche”, informou o MGI em nota.

Recepção

Apesar do avanço, a reação dos sindicatos foi mista.

Gustavo Serefian criticou a postura do governo durante as negociações:

– Os anúncios de hoje são fruto da greve, que forçou o governo a mudar sua posição contrária a investimentos na educação federal. Os valores estão abaixo de nossas reivindicações, mas representam um avanço, uma vitória. A postura de Lula e Camilo Santana na reunião, porém, apenas confirma a atitude desrespeitosa e antidemocrática do governo em relação à greve e aos grevistas – afirmou.

Leewertton de Souza Marreiro, da Comissão Nacional de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), destacou a importância de a decisão final vir da base dos servidores: – Houve uma mudança na proposta e conquistas na reunião de hoje. Mas a base é quem vai decidir pela continuidade ou não da greve. Quem decide é a base – disse.

Avanços

O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, destacou a evolução na oferta do governo:

– Do ponto de vista financeiro, a proposta ajustou os padrões, ou seja, os chamados steps, que é a evolução na carreira, do início ao final, de 3,9% para 4% em 2025, e de 4% em 2025 para 4,1% em 2026. Se agregarmos a isso os 9% [de reajuste] de 2023, estamos falando de reajustes que chegam a um pouco mais de 46%, portanto, uma boa proposta. Além disso, atendemos demandas como uma aceleração na progressão da carreira, que levava 22 anos e meio para chegar ao topo, reduzindo para 18 anos com uma proposta de padrões verticais, e que agora, com esta aceleração, pode chegar do início ao topo em 15 anos – explicou.

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