MANAUS DO VERDE, DA ART NOUVEAU, DO AÇAÍ E DA CULTURA VIVA. DESCUBRA!

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MANAUS DO VERDE, DA ART NOUVEAU, DO AÇAÍ E DA CULTURA VIVA. DESCUBRA!

Manaus é um destino que dispensa apresentações. Porta de entrada para a exuberante Floresta Amazônica, a cidade já foi exaltada de inúmeras formas, atraindo turistas de todos os cantos do mundo. Porém, muitos de nós, brasileiros, só a conhecemos no papel – seja do livro da escola ou da fotografia – e não nos atrevemos a desbravar essa maravilha como ela merece.

Bem no meio do bioma mais rico do país, nos deparamos com uma cidade moderna, cheia de história e com uma cultura viva que ganha as ruas e contagia seus visitantes.

Fundada em 1669, pelos portugueses, a cidade teve seu primeiro auge no Ciclo da Borracha, entre os séculos 19 e 20. Nesse período áureo, da belle èpoque manauara, a cidade ganhou ares vanguar­distas, sendo uma das primeiras do país a contar com luz elétrica, bondes e água encanada. Era até chamada de “Paris dos Trópicos”.

E é justamente dessa época que surgem grandes íco­nes da arquitetura que permanecem preservados em Manaus, como o Teatro Amazonas, o Palácio do Go­verno, o Mercado Municipal e o prédio da Alfândega.

UM GIRO PELO CENTRO HISTÓRICO

Manaus conta com diversos edifícios e construções históricas que retratam seu rico passado. Alguns dos lugares imperdíveis são:

Teatro Amazonas

Construído em estilo neoclássico, o Teatro Ama­zonas é o grande cartão-postal (não natural) da cidade. Herança do período áureo do látex, o es­paço foi inaugurado em 1896 e chama a atenção principalmente pela imponência de sua cúpula – com inspiração turca -, feita com 36 mil peças em cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas coloridas nas cores da bandeira brasileira.

Cúpula do Teatro Amazonas

Além disso, o teatro representa um marco na so­ciedade manaura, tendo recebido óperas, opere­tas, musicais, peças de teatro, shows de cantores líricos e populares, festivais, grupos de dança, ban­das de música, corais, orquestras e tantos outros durante seus mais de 120 anos de história.

O salão de espetáculos tem capacidade para 701 pessoas e recebe, até hoje, apresentações de fes­tivais importantes. Até junho, o espaço recebe o já tradicional Festival Amazonas de Ópera (FAO), com extensa programação.

Palacete Provincial

Construído por um casal português, o edifício foi sede da segurança pública e hoje se tornou um complexo cultural que abriga: o museu de Numis­mática Bernardo Ramos, a Pinacoteca do Estado, o museu Tiradentes, o museu da Imagem e do Som, o museu de Arqueologia e o Laboratório de arqueologia Alfredo Mendonça de Souza, o Ate­liê de Restauro de obras de artes e de papel, as reservas técnicas dos museus e as exposições de longa duração “Escritório da obra”, que é uma cla­ra demonstração de como estava o prédio antes da restauração, e a “Esculturas do Mundo” que é uma mostra das réplicas das esculturas dos mu­seus franceses, assinadas pela Reunion ds Musées National – RMN, além de serviços como o Café do Pina, a Arena de espetáculos Newton Aguiar e o Auditório Multiuso Cel. Pedro Henrique.

O Palacete Provincial está localizado na praça He­liodoro Balbi, que foi restaurada e recompõe a pai­sagem urbana, local e a memória do histórico Clube da Madrugada. É referência para quem quer conhe­cer a capital do Amazonas e a história de seu povo.

Palácio Rio Negro

Também conhecido como Palacete Scholz, o edifí­cio foi construído em 1903, em estilo eclético, como residência de um barão da borracha. Depois, foi sede do governo e residência oficial do governador.

E para contar um pouco de sua história e impor­tância, hoje promove gratuitamente vasta e eclética programação cultural com exposições de arte de artistas locais, nacionais e internacionais, e visitas guiadas às salas tradicionais do Palácio.

Mercado Adolpho Lisboa

Outra construção que data da belle époque é o mercado municipal da cidade. Situado na região portuária de Manaus, o edifício em art nouveau reúne todas as principais cores e sabores tão carac­terísticas e famosas da região Norte.

O espaço conta com mais de 180 boxes que ofe­recem produtos típicos como: peixes, carnes, fru­tas, ervas e artesanato.

Além disso, o lugar é um dos mais indicados para provar uma das iguarias do café da manhã manaura, o x-caboquinho. O lanche feito em pão francês leva banana frita, queijo coalho e tucumã – uma fruta amazônica. Experimente acompanhado de um suco de cupuaçu ou de um, também local, guaraná Baré!

HISTÓRIA E NATUREZA PRESENTES NOS MUSEUS DA CIDADE

Antes de fazer um roteiro completo pela Amazônia, vale a pena visitar os parques e museus de Manaus, que são uma pequena amostra da grandeza natural presente nessa região.

Museu da Amazônia – MUSA

Imagine passear por um pedacinho da Floresta Amazônica sem sair da área urbana de Manaus? Essa experiência pode ser vivida no Musa, o Museu da Amazônia. Localizado na zona leste da cidade, o espaço funciona como um jardim botânico den­tro da Reserva Florestal Adolpho Ducke.

 

Fundado em 2009, o museu é perfeito para um passeio educativo e sustentável. Ocupando 100 hectares da fazenda, o museu vivo conta com tri­lhas de mata nativa que guardam belas surpresas. Destaque para o lago de vitórias-régias, o aquário com peixes amazônicos, como pirarucu e tamba­qui, e o serpentário – com espécies peçonhentas e não peçonhentas.

Além disso, entre uma trilha e outra, o que chama a atenção é uma enorme árvore: a angelim-pedra. Com idade estimada entre 500 e 600 anos, a árvo­re tem 45 metros e é conhecida como “senhor da floresta” ou “deusa maior da Floresta Amazônica”.

Depois das trilhas, a dica é subir os 242 degraus da torre de observação do Musa. Do alto de seus 42 metros, a torre exibe uma vista exuberante do topo das árvores da floresta.

Museu do Seringal

O Museu do Seringal Vila do Paraíso, em Manaus, é uma verdadeira aula de história. Ilustrando a épo­ca do ouro do Ciclo da Borracha, o espaço retrata o modo de ser e viver do homem no seringal, tanto os coronéis, quanto os nordestinos que chegavam à capital amazonense para trabalhar com o látex.

Originalmente, o lugar foi criado como cenário cinematográfico do filme “A Selva”, protagoniza­do por Maitê Proença, e, graças à sua perfeita am­bientação à situação do início do século XX, pas­sou a receber visitantes como um museu.

Retratando in loco o passado áureo da economia de Manaus, o cenário recriado no museu foi inspi­rado em um seringal de Humaitá, a 600 quilôme­tros dali. O projeto é formado por ambientações do ciclo da borracha, com móveis e utensílios que testemunham a riqueza dos seringais, além de Casa de Farinha, Tapiri de defumação da borracha, Bar­racão de aviamento, Casa de Banho, entre outros.

As visitas, sempre guiadas, ainda incluem as tri­lhas das seringueiras, onde ocorre a demonstração de como era retirado o látex. O acesso ao Museu é feito de barco em um trajeto de 25 minutos e as saídas são feitas em três pontos: Marina de Davi, Porto de Manaus e Hotel Tropical Manaus.

Nas águas, o cenário é de tirar o fôlego!

Não dá para falar de Manaus e deixar de lado suas águas abundantes. A Floresta Amazônica é conside­rada a maior bacia hidrográfica do planeta, já que abriga 80% de água doce. Isso reflete bastante no transporte da região, feito quase sempre por vias aquáticas, mas também influi no turismo. Isso por­que, é no meio dessa imensidão de águas que estão alguns dos principais atrativos da cidade. Por conta disso, o que não faltam são pacotes e passeios para desbravar os famosos rios Negro e Solimões.

Nadando com os botos

O Rio Negro é uma das maravilhas da natureza manaura. Com mais de dois quilômetros de exten­são, protagoniza um verdadeiro espetáculo ao se encontrar, sem se misturar, com o Rio Solimões.

O rio de águas negras é cenário para diversos pas­seios nos arredores de Manaus. Entre eles, se des­taca o mergulho com os botos cor-de-rosa. Na oca­sião, o turista pode mergulhar com os animais em seu habitat natural, observar os guias alimentando­-os com peixes e ainda admirar seus belos saltos.

Como é um passeio livre de exploração animal, a interação nem sempre é garantida. E além disso, é necessário que os turistas sigam algumas impor­tantes instruções para garantir a preservação da espécie e do meio ambiente em volta. Uma verda­deira aula de turismo sustentável!

Encontro das águas

Como falamos anteriormente, o encontro dos rios Negro e Solimões é um dos Patrimônios Imateriais da cidade. Imperdível, o fenômeno ocorre no ponto em que os cursos dos rios se juntam para formar o Rio Amazonas. Devido às grandes diferenças físi­co-químicas entre os dois rios, suas águas, de cores negra e barrenta, correm paralelamente sem se mis­turar por vários quilômetros.

A maneira mais tradicional de conhecer as dife­renças e belezas desse espetáculo é pegar um bar­co e ir até o Encontro.

Praia do Tupé

Localizada a cerca de 30 quilômetros de Manaus, a partir da orla da Ponta Negra, a praia do Tupé é um pequeno reduto de tranquilidade em meio às águas do Rio Negro. Exposta durante praticamen­te o ano inteiro, a praia de água doce forma um cenário praticamente paradisíaco com areias clari­nhas contrastando com o negro das águas.

 

Apesar de, aos finais de semana, a praia ficar mais cheia, o lugar ainda permanece isolado, tor­nando-se um oásis de relax e descanso. A área de proteção abriga ainda a tribo Dessana, que realiza apresentações de dança e da cultura indígena.

As delícias manauaras

Quando se fala em gastronomia da região Nor­te brasileira, o que paira pela nossa imaginação é uma variedade enorme de pratos com peixes e temperos amazônicos. E é exatamente isso que encontramos por lá, porém, com uma riqueza de aromas e sabores praticamente indescritível.

Alguns restaurantes de Manaus vêm modernizan­do seus cardápios, mas sem deixar de lado a tradi­ção que vem atrelada à ingredientes como o tucupi, o tucumã e os já internacionalizados açaí e cupuaçu.

Fonte: Qual Viagem

 

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